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Casa Nacura

Olá, o meu nome é Davide, e o teu?

Sou educador alimentar plant based e em conjunto com a Ana Bindu criámos a Casa Nacura onde apoiamos de forma personalizada pessoas como tu, que se encontram no seu processo de transformação rumo a uma vida mais feliz e equilibrada, alinhada com o seu coração e verdade.

Em tempos, também eu passei por um grande processo de descoberta e procurei a minha verdade. Hoje dedico-me à educação alimentar e acredito não haver uma dieta certa para todos. A cozinha é como uma orquestra. Quando os alimentos são bem conjugados, sente-se essa sintonia e harmonia no nosso corpo e alma.

Mas a minha relação com a comida nem sempre foi assim. Deixa-me contar-te a minha história.

Alimentação Saudável

Sou italiano, nasci na bela cidade de Sorrento na baía de Nápoles, envolvida pelo azul do mar e o amarelo dos seus famosos limões, e venho de uma família em que a Mãe é a matriarca da família, a dona da casa e da cozinha. Ali ninguém mexia, nem eu, era o seu território sagrado.

Embora durante anos, Raffaella, a minha Mãe nunca me tenha deixado tocar num tacho ou panela, assisti ao longo da minha infância e juventude à forma mais bela de ela demonstrar o seu Amor: na cozinha a cozinhar. Essa era (e ainda é) a sua linguagem de amor com a família e amigos e na minha casa era habitual haver 15 pessoas reunidas à mesa.

Levei 18 anos para descobrir que também eu adorava cozinhar e isso aconteceu quando fui viver sozinho e estudar para a Universidade. Foi a necessidade de ter de cozinhar todos os dias que me revelou esta minha paixão que eu nem sabia que tinha. 

Conto-te isto porque às vezes as nossas paixões revelam-se de forma inesperada, mas se estivermos abertos à descoberta, coisas incríveis acontecem. E a mais incrível de todas, foi quando, numa altura de regresso a casa, a minha Mãe me perguntou “porque não cozinhas tu para nós?”. Esta passagem de testemunho fez-me ter a certeza do meu caminho e ainda hoje me inspiro muito nas suas receitas. 

Para mim, a melhor receita dela, curiosamente é plant based, muito simples de fazer, mas com um sabor maravilhoso. É tão boa que a quero partilhar contigo e se gostas de tomate, então vais adorar. 

Sou uma pessoa muito curiosa e com o despertar desta paixão comecei a ganhar o gosto por procurar receitas, experimentar sabores e ingredientes diferentes. Eu seguia as receitas que escolhia e depois ia ao supermercado comprar tudo o que era necessário para a fazer. Com a prática, já era ao contrário. Passava pelo supermercado e de volta a casa já ia a pensar em tudo o que ia fazer com aqueles ingredientes frescos, porque é assim que gosto de cozinhar. Com tudo fresco.

Foi um processo longo, mas muito bonito, como todas as viagens de descoberta alimentadas por paixão. Na altura frequentei diversos workshops e cursos na área, nomeadamente na Accademia del Gambero Rosso.

Cozinha Saudável

Eu ainda não era vegetariano e nem sabia o que significava, mas isso estava prestes a mudar. A primeira vez que ouvi falar nesse tema foi mais ou menos em 2005/6 quando trabalhava durante as férias de verão num restaurante em Sorrento. Chegou um cliente estrangeiro e perguntou se tínhamos pratos vegetarianos e foi a primeira vez que ouvi a expressão. Fiquei muito curioso, pois para mim era uma total novidade poder comer sem ser apenas carne e peixe. E aquele homem simpático e que viajava sozinho, teve comigo a bondade de me explicar alguns conceitos que, uma vez mais, me abriram horizontes.

Mas eu, além de curioso, sou aquela pessoa que tem de ver para crer e ainda me era difícil acreditar em certas coisas, como, por exemplo, o que rodeia a indústria da carne. E claro, não fiquei indiferente ao que ouvi e tive de ir ver com os meus olhos. Passados uns meses fui a um matadouro. Era importante perceber o que se passava lá. Eu não te vou contar o que vi ou o que se lá se passa porque a única coisa que precisas de saber neste momento é que depois daquele dia nunca mais comi carne. 

A meu ver, a alimentação deve ser algo leve, saudável e alinhada com as nossas fases de vida. A alimentação alimenta emoções, e emoções alimentam também o corpo, tal como a comida. E a partir daquele momento, sem comer carne, abriu-se todo um mundo novo.

Às vezes as pessoas que nos procuram na Casa Nacura perguntam-nos como se dão os processos de transformação que tanto falamos, e perguntam também como sabemos que estamos num. Sabemos porque nos começamos a sentir diferentes em relação às mesmas coisas, e começa a despertar algo em nós que às vezes nem sabemos bem explicar. Normalmente, e pela nossa experiência, um processo de transformação começa com um desconforto que nos leva a uma pergunta. 

Nesta fase de mudança a minha pergunta essencial todos os dias era “e agora o que vou comer?”. Começou de novo toda uma pesquisa exaustiva, muito longa, e ao longo desses anos fui estudando mais receitas, reunindo mais ideias, fazendo novos cursos e novas masterclasses, continuava a ler muito blogs e sobretudo a conversar com muitas pessoas dentro desta área. Talvez isso tenha sido o que mais me motivou a continuar: a descoberta de novas formas de fazer as coisas.

E quanto mais estudava, mais sentia profundamente no meu íntimo que este era o caminho. Com este conhecimento chegou a leveza, mas não era só no corpo. Era sobretudo, na Alma. 

A seguir à carne, retirei o peixe e isso aconteceu quando conheci a Bindu. Foi um processo longo, este de ter uma alimentação saudável plant based, mas sobretudo foi um caminho de regresso a casa. 

Com o tempo, aprendi e senti no corpo que a comida também é medicina. Para uma pessoa com uma grande sobrecarga de trabalho e elevados níveis de stress, a alimentação deve ser de determinada forma. Para uma Mulher grávida, deve ser de outra. Uma pessoa com uma doença crónica ou autoimune, também tem necessidades alimentares diferentes que lhe facilitam a gestão da doença. A nossa idade, e o nosso estilo de vida também impactam a nossa alimentação. Até a própria geografia do local onde vivemos nos diz muito sobre o rumo a tomar para uma alimentação saudável e mais consciente.

Alimentação vegetariana

A minha missão é ajudar-te neste processo e a forma que eu conheço, é também a que herdei da minha Mãe. Eu expresso o meu Amor criando pratos especiais que estou disponível para partilhar contigo. Esta é também a forma que escolhi para expressar a minha criatividade e a que encontrei para cuidar dos outros: a cozinha natural, integral e consciente.

Eu gosto muito de pessoas e de conhecer a pessoa que tenho à minha frente. E não há nada mais bonito no mundo (além do meu filho Gabriel) que sentar à mesa e conversar acompanhados de uma boa comida.

E assim nasce o meu contributo para a Casa Nacura. Trabalhamos com grupos pequenos porque somos uma família. Cultivamos relações de proximidade salpicadas com os aromas da terra que eu cultivo na nossa casa em Val Fontes, com os princípios da permacultura.

Hoje, tenho centenas de receitas que vêm da tradição da minha Mãe, e as receitas passam de mãe para filhos como se fosse uma bíblia e cada cidade tem as suas. Eu sou profundamente inspirado pelos sabores mediterrânicos que aprimorei pelos restaurantes onde fui trabalhando pelo mundo: Irlanda, Espanha, Austrália, Malásia, Tailândia, Brasil, Peru. Cheguei mesmo a organizar banquetes em torno da fogueira no meio do deserto.

Mas sabes, apesar de todas essas experiências que me acrescentaram conhecimento, regressar à tradição familiar de união à mesa como era na velha casa dos meus avós Luigi e Joanna, com a minha Mãe e a minha tia Angelina a assar pimentos na brasa aos 50 e 60 kgs de uma vez para depois os congelar para os termos durante o ano todo, é indescritível.

Esta era uma tradição familiar, mas não é ela que me deixa um pouco nostálgico porque as tradições mudam com o tempo. Era aquela união. Percebo agora a importância daqueles dias de conexão profunda e isso ficou impresso em mim.

Comer é sobre estar presente. Comer não é apenas alimentar o corpo, é alimentar o espírito e a Alma, cultivando o que de melhor temos dentro de nós: a nossa verdade.

Receitas vegetais

Com tanta conversa sobre comida, eu já estou com fome. E tu?

Juntas-te a mim para começarmos hoje os dois algo novo, diferente e muito saboroso?

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